domingo, 12 de abril de 2009

Borboleta Voa...



[...] Duas lagartas teceram cada uma o seu casulo. Naquele ambiente protegido, transformaram-se em belíssimas borboletas. Quando estavam prestes a sair e voar livremente, vieram as ponderações. Uma borboleta, sentindo-se frágil, pensou para consigo: «A vida lá fora tem muitos perigos. Poderei ser despedaçada e comida por um pássaro. E mesmo se um predador não me atacar, poderei sofrer com as tempestades. Um raio poderá atingir-me. As chuvas poderão desabar as minhas asas, levando-me a tombar no chão. Além disso, a Primavera está a acabar, e se faltar o néctar? Quem me irá socorrer?» Os riscos de facto era muitos, e a pequena borboleta tinha as suas razões. Amedrontada, resolveu não partir. Ficou no seu protegido casulo, mas não tinha como sobreviver, morreu de um modo triste, desnutrida, desidratada e, pior ainda, enclausurada pelo mundo que tecera. (...)
(...) A outra borboleta também ficou apreensiva; tinha medo do mundo lá fora, sabia que muitas borboletas não duravam um dia fora do casulo, mas amou a liberdade mais do que os acidentes que viriam. E assim, partiu. Voou em direcção a todos os perigos. Preferiu ser um caminhante em busca da única coisa que determinava a sua essência. [...]

Augusto Cury
O Vendedor de Sonhos
Por isso eu digo:

Sejamos livres, vivamos intensamente, o medo dos perigos impede-nos de cumprir o nosso destino, impede-nos de viver...


1 comentário:

Unknown Artist disse...

Bem verdade!
Quem não arrisca não petisca não é?

=)