segunda-feira, 9 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher



LENDA E REALIDADE

"A lenda do Dia Internacional da Mulher como tendo surgido na sequência de uma greve, realizada em 8 de Março de 1857, por trabalhadoras de uma fábrica de fiação ou por costureiras de calçado - e que tem sido veiculada por muitos órgãos de informação - não tem qualquer rigor histórico, embora seja uma história de sacrifício e morte que cai bem como mito.
Em 1982, duas investigadoras, Liliane Kandel e Françoise Picq, demonstraram que a famosa greve feminina de 1857, que estaria na origem do 8 de Março, pura e simplesmente não aconteceu (1), não vem noticiada nem mencionada em qualquer jornal norte-americano, mas todos os anos milhares de órgãos de comunicação social contam a história como sendo verdadeira («Uma mentira constantemente repetida acaba por se tornar verdade»).
Verdade é que em 1909, um grupo de mulheres socialistas norte-americanas se reuniu num "party’, numa jornada pela igualdade dos direitos cívicos, que estabeleceu criar um dia especial para a mulher, que nesse ano aconteceu a 28 de Fevereiro. Ficou então acordado comemorar-se este dia no último domingo de Fevereiro de cada ano, o que nem sempre foi cumprido.
A fixação do dia 8 de Março apenas ocorreu depois da 3ª Internacional Comunista, com mulheres como Alexandra Kollontai e Clara Zetkin. A data escolhida foi a do dia da manifestação das mulheres de São Petersburgo, que reclamaram pão e o regresso dos soldados. Esta manifestação ocorreu no dia 23 de Fevereiro de 1917, que, no Calendário Gregoriano (o nosso), é o dia 8 de Março. Só a partir daqui, se pode falar em 8 de Março, embora apenas depois da II Guerra Mundial esse dia tenha tomado a dimensão que foi crescendo até à importância que hoje lhe damos.
A partir de 1960, essa tradição recomeçou como grande acontecimento internacional, desprovido, pouco e pouco, da sua origem socialista.

(1) Se consultarmos o calendário perpétuo e digitarmos o ano de 1857, poderemos verificar que o 8 de Março calhou a um domingo, dia de descanso semanal, pelo que, em princípio, nunca ocorreria uma greve nesse dia. Há quem argumente, no entanto, que, durante o século XIX, a situação da mulher nas fábricas dos Estados Unidos era de tal modo dramática que trabalharia 7 dias por semana.

Pesquisa efectuada por Maria Luísa V. Paiva Boléo



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CONSAGRAÇÃO DO 8 DE MARÇO COMO O DIA INTERNACIONAL DA MULHER


Desde 1975, em sinal de apreço pela luta então encetada, as Nações Unidas decidiram consagrar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.
Se, nos nossos dias, perante a lei da maioria dos países, não existe qualquer diferença entre um homem e uma mulher, a prática demonstra que ainda persistem muitos preconceitos em relação ao papel da mulher na sociedade. Produto de uma mentalidade ancestral, ao homem ficava mal assumir os trabalhos domésticos, o que implicava para a mulher que exercia uma profissão fora do lar a duplicação do seu trabalho. Foi necessário esperar pelas últimas décadas do século XX para que o homem passasse, aos poucos, a colaborar nas tarefas caseiras.
Mas, se no âmbito familiar se assiste a uma rápida mudança, na sociedade em geral a situação da mulher está ainda sujeita a velhas mentalidades que, embora de forma não declarada, cerceiam a sua plena igualdade.
O número de mulheres em lugares directivos é ainda diminuto, apesar de muitas delas demonstrarem excelentes qualidades para o seu desempenho. Hoje as mulheres estão integradas em todos os ramos profissionais, mesmo naqueles que, ainda há bem pouco tempo, apenas eram atribuídos aos homens, nomeadamente a intervenção em operações militares de alto risco.
Nos últimos anos, a festa comemorativa do Dia Da Mulher é aproveitada por muitas delas, de todas as idades, para sair de casa e festejar com as amigas, em bares e discotecas, o dia que lhes é dedicado, enquanto os homens ficam em casa a desempenhar as tarefas que, tradicionalmente, lhe são imputadas: arrumar a casa, fazer a comida, tratar dos filhos...
Se a sua esposa, irmã, mãe ou avó ainda é daquelas que, não obstante as suas tarefas laborais no exterior, ainda encontra tempo e paciência para que nada lhe falte, o mínimo que poderá fazer será aproveitar este dia para lhes transmitir o seu apreço. Um ramo de flores, mesmo que virtual, será, certamente, bastante apreciado. Mas não se fique por aqui. Eternize este dia, esquecendo mentalidades preconcebidas, colaborando mais com elas nas tarefas diárias e olhando-as de igual para igual em todas as circunstâncias, quer no interior do seu lar, quer no seu local de trabalho. Quando todos assim procedermos, não haverá mais necessidade de um dia dedicado à mulher."
- Em relação a isto, eu penso que nós mulheres merecemos um dia especial que nos honre pelo que somos, pelos nossos esforços, pelas nossas lutas e principalmente porque somos humanas e temos sentimentos, merecemos ser valorizadas. Mas um "dia da mulher" não deveria ser exclusivo, nem motivo de consumismo como se tornou, as mulheres não deveriam festejar o seu dia apenas porque é o seu dia e é hoje que tem de sair e festejar, muitas delas sem saber realmente o motivo da consagração deste dia e a sua história, mas devem comemorar porque estão a ser homenageadas, porque alguém as valorizou o suficiente para lhes consagrar um dia especial.
Por outro lado, não devemos fazer deste dia uma humilhação aos homens, não é esse o objectivo. Homens, Mulheres, Crianças, todos nós cumprimos o nosso papel e todos nós somos necessários para a sociedade, homens sem mulheres não sobreviveriam da mesma forma que as mulheres morreriam sem os homens, ambos se completam tanto física como psicologicamente, daí só a nossa união gerar a continuidade do ser. É por isso que deveríamos ambos ser valorizados pelo somos, a mulher pelas suas qualidades e defeitos e homens igual, embora com características diferentes, é na diferença que está o verdadeiro valor!
Por isso, mulheres, comemorem o vosso dia mas nunca se esqueçam de valorizar o homem que vos apoia e vos leva para frente e homens nunca se sintam humilhados com este dia destinado as mulheres e acreditem no vosso próprio valor e nunca se esqueçam de valorizar, não só neste dia, como em todos os outros, as mulheres que amam e que vos amam!
São as nossas diferenças que nos unem e é graças as essas diferenças que conseguimos chegar onde estamos hoje, completando-nos uns aos outros, mulheres não queiram ser homens e homens não queiram ser mulheres, só nós mesmos saberemos como reagir e como enfrentar as dificuldades que nos são destinadas e da mesma forma como um homem nunca dará a luz, uma mulher nunca saberá ao certo o que é uma erecção! Não nos misturem, não nos confundam, nós somos o que somos e é por sermos nós que somos amados e que conseguimos chegar além!

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